Reflictamos, hoje, já que se trata de uma actividade a que pouco nos dedicamos nos restantes dias. Deixo aqui uma dica. A RTP 2, na sua rúbrica excelente, "Dia D", dedicada a uma série de brilhantes documentários sobre o 25 de abril, exibiu na madrugada passada (lamento apenas a hora tardia) este brilhante documentário ("Os Donos de Portugal") sobre as poucas famílias a quem Portugal efectivamente pertence, da autoria de Jorge Costa. Numa altura em que o raciocínio ideológico não parece conseguir sair do terreno de (des)culpabilizações em que tanto a crise quanto a peste negra e mais as derrotas das nossas equipas de futebol são culpa do Trócas; vale a pena pensar se a luta de classes é realmente coisa do passado e se a democracia será, ainda que vagamente, compatível com o lamacento mundo do capital. Pode-se consultar mais alguma informação sobre este documentário neste artigo do Público.
Aproveito também para perguntar ao senhor Relvas (vocês sabem, o Primeiro Ministro, o outro é apenas um Coelho-Ministro) se este tipo de documentários passaria numa RTP2 privatizada.
Quando conceitos catitas como "empreendedorismo", "défice" e "troika" estão na ordem do dia e se infiltram no mundo da ciência, o resultado matemático da sua junção é o desinvestimento na investigação fundamental e entrega da investigação aplicada ao milagre do financiamento privado que, mesmo que exista (no nosso país, quase nada), não é sensível ao tempo, esforço e método em geral que determina o avanço da ciência. Desconhecem os políticos, empresários e público em geral que a grande maioria do conhecimento de que dependem tantas e tantas coisas no nosso dia a dia tem como base o trabalho árduo de uns poucos indivíduos fechados em laboratórios, mal pagos, explorados e esquecidos e que se dedicaram (por vezes toda a sua vida) a criar conhecimento aparentemente "inútil" para o mundo capitalista (entenda-se, sem comercialização imediata). Lembremo-nos da dupla hélice. Ou da tabela periódica. Ou da estrutura de um átomo. Ou do papel da flavina adenina dinucleótido. Este conhecimento fundamental, no entanto, integrado anos e décadas mais tarde com outras descobertas (algumas de dimensão aparentemente irrisória) e novas técnicas permitiu que hoje tenhamos medicina molecular, que não matemos os piolhos dos nossos filhos com DDT, que tagarelemos sem parar usando telemóveis e que tenhamos veículos mais ou menos ecológicos que se recusam a andar se nos esquecermos do cinto de segurança e de lavar os dentes.
... sacanas!... e não é que esta canalha quer viver mais do que recomenda o FMI?...
De acordo com o El País, 'El FMI pide bajar pensiones por "el riesgo de que la gente viva más de lo esperado".'
não pode ser não pode não pode não pode não pode não pode não pode não pode não pode não não não não pode ser não pode não é possível não pode não pode
não NÃO
po PO DE
de
SER !!!
ser
Mein Gott!
боже мой!
Mon Dieu!
Oh my God!
Dios mio!
Valha-nos Cristo!
Ω Θεέ μου!
e o ceú pariu um número
os padrecos querem vê-lo no rebanho
a polícia deu-lhe uma bastonada pelosimpelonão
governo e sindicatos dizem que é diferente
gente numa assembleia que só lá está para fazer número
não sabedoquesetrata
e os jornais cheios de séria gente de negócios
que posa de braços cruzados e meio sorriso na boca
e que falam de números e de terras
que não conhecem como se fossem números
e de números que são pessoas e de
pessoas que afinal não passam de números
e que estão contentes por serem números mesmo
que lhes tirem uns quantos zeros porque afinal
doisedoisnãosão quatro são o que os senhores e
senhoras de braços cruzados nos jornais dizem
e há quem seja um número de revista
uma boneca de plástico sem sítio na cabeça onde
colocar tanto ou tãopouco número que dizem que tem
os números certos para quem não sei
e há quem apareça porque tem uma data de letras no nome
mais do que tu mais do que eu e quem
seja capa de revista porque é uma vaca que pariu
uma data de vitelos alimentados por um senhor
que apareceu num jornal de braços cruzados e
mais quem tenha aumentado as tetas duas vezes
e há quem tinha a v i d a feita num número de circo
e
resumida a um número numa fila de espera para que lhe
digam que não há trabalho
assim dizem os números
mudedevocação
e agora fazes parte de mais um número
e chegas a casa e não há pão em número que chegue
e as contas têm demasiados algarismos
será que na casa dos senhores de braços cruzados e sorriso
de triunfo se passa o mesmo
divorcias-te e passas para uma outra lista de números
por favor morre não adoeças que lá vêm mais números
nem envelheças não aumentes esse número mais morto
que os mortos ninguém quer esperar que os velhos morram
num banco de jardim
não sejas jovem não sejas adulto
sê um número
e números e números e números
tivesse eu ao menos os números certos para poder aparecer
em capas de jornais e revista
e não precisaria de fazer tantas contas
mas acautela-te
tal como aprendi num banco de escola
diante de números que pouco me diziam
quantas vezes tremeu o homem do leme
e novevezesdoisdezoito
e doismaisdois são mesmo quatro
nada vezes nada continua a ser nada
e eu estou farto de nada
e quero que tefodasfodasfodas três vezes
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