Domingo, 19 de Junho de 2011

o princípio do fim da democracia

Enquanto cá se enche a Avenida da Liberdade de ervas em mais uma parolada à nacional; enquanto cá os futuros magistrados (sim, os tipos que supostamente serão pagos para apanhar os cidadãos desonestos) são apanhados a copiar em massa nos exames de acesso à carreira; enquanto por cá se fazem governos de incógnitos medíocres; enquanto por cá as transferências de Porto, Benfica e Sporting são notícia de primeira página, eis que surgem movimentos de revolta que se vão espalhando por essa Europa fora (incluindo por cá) sem que o Tuga se aperceba. 

 

Mais do que questionar o nacional-porreirismo que nos rege, "o que se passa com o jornalismo, nos dias de hoje?" é a questão a colocar. 

 

O que sucede a um dos pilares da Democracia, contituído pela liberdade e pela a idoneidade de informação (coloco-as assim, juntas, pois só unidas fazem sentido)? A resposa parece simples: desabou desabou debaixo de interesses económicos, políticos e da mediocridade geral que, por fim, avassalou o meio jornalístico. 

 

O que cá começou com o descrédito de um primeiro-ministro eleito após o choque frontal com o senhor Belmiro de Azevedo, aquando do fracasso da sua OPA, continua com o ignorar das revoltas com a democracia podre em que vivemos em todos os países e locais onde não existam manifestações violentas (na Grécia, portanto). As notícias são poucas, mal explicadas, reduzidas a efemérides e cheias de incorrecções. Terão os media, portugueses e não só, receio de dar ideias aos povos dos seus países? Se sim, quem tal lho pediu?

 

Em Espanha, a polícia infiltra-se entre os manifestantes para os incitar à violência (sucedeu em Barcelona, no dia do bloqueio ao parlamento). Por cá, passou uma notícia (em rodapé, quase), anunciando que o movimento 15-M perde popularidade por se ter tornado violento. Hoje, foi publicada esta notícia no Publico Online. Atente-se na notícia de que as manifestações se espalham por todo o continente. PArece-me tema para encher todos os canais de notícias e para se convocarem debates, comentários & etc. Então porque tenho ouvido mais acerca do interesse do Inter em Villas-Boas do que neste assunto? 

 

Em Espanha, o El País parece ser uma excepção à cegueira total. Afinal, há quem tenha reconhecido uma farsa. Há pelo menos um jornalista que não se deixa iludir. Veja-se esta notícia.

 

Já agora, veja-se também o filme onde se compova esta farsa:

 

 

O que está a acontecer ao mundo dito democrático? Porque motivo estamos a deixar que isto nos aconteça?

 

A sorte dos povos ocidentais, contudo, é que a globalização e a tecnologia trouxeram a grande vantagem de se poder, agora, captar, partilhar e comentar notícias sem ter que pedir licença e, felizmente, sem ter que apresentar carteira de jornalista profissional.

 

Aproveitemos também para obter alguns esclarecimentos sobre o movimentos dos "indignados", pelas palavras do economista catalão José Luis Sampedro:

 

 

E para terminar: que merda é esta do Pacto do Euro e porque não está na ordem do dia cá na aldeia?

 

 


publicado por Harpad às 23:38
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