Sábado, 5 de Maio de 2012

puro empreendedorismo

Ainda sobre o Pingo Doce, há que salientar que podemos estar na presença um de dois recorrentes fenómenos da lógica capitalista: ou o grupo do SDS praticou dumping, o que constitui (ainda) uma crime punível pela lei portuguesa, ou (tcha-rããã!) detém, tal como os restantes hipers, margens de lucro brutais. 

 

Aparentemente, exceptuado quatro (!) produtos, o grupo do SDS tem, de facto, margens de lucro que chegam a rondar os 80%, o que constitui, efectivamente, uma prova indelével da ética capitalista, aprovada, apoiada e propagandeada pela ideologia neo-liberal. Eis, portanto um "vencedor".

 

Num mundo melhor, sem tanto empreendedorismo (adoro esta palavra!) capitalista, portanto, utópico, ridículo, retrógrado e essas coisas todas, essa margem de lucro seria reduzida para que os produtores pudessem receber mais pelos seus produtos e ainda sobraria boa margem para que os clientes finais pagassem menos por eles. 

 

...sem falar de pagar dignamente aos seus empregados, sobre os ombros dos quais este tipo e a sua família sustentam a sua enorme riqueza...


publicado por Harpad às 03:42
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Sexta-feira, 14 de Outubro de 2011

...ora aí está...

Proponho que sejam passadas em revistas todas as grandes vitórias do neo-liberalismo português, encimado por este nosso novo governo que tanto nos afoitámos por eleger:

 

1) Acabaram-se a saúde, educação e transportes verdadeiramente públicos e gratuitos ou de custo simbólico.

2) Acabaram-se os despedimentos com justa causa. Ficaram só os despedimentos.
3) Acabaram-se com as indemnizações dignas desse nome por despedimento seja de que tipo for.

4) Acabaram-se as férias pagas.

5) Acabou-se o conceito de bem de primeira necessidade. A electricidade é cara, o gás também, a água para lá caminha. Privatize-se o ar também, porque não.

 

Em troca recebemos:

 

1) Menos ordenado.

2) Maior carga fiscal.

3) Menor poder de compra.

4) Pior qualidade de vida.

 

E para quê, afinal? Para que os Amorins, Azevedos, van Zelleres, Mellos, Balsemões e outros figurões não paguem impostos em condições.

 

Assim sendo, todo um século de vitórias conseguidas a ferro pelos povos foi definitivamente enterrado. Eis-nos, portanto, regressados ao século XIX. Um detalhe curioso, contudo: no século XIX os estados já estavam endividados. Aparentemente,já então, esta merda toda de nada mais serviu, serve ou servirá, do que a manutenção do status quo de um punhado de ricos. 

 

 

Sugiro que acordemos.  Dia 15 para a rua.


publicado por Harpad às 00:14
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Terça-feira, 12 de Julho de 2011

os abutres e as alforrecas

...e eis que - não ao sétimo, nem ao mesmo oitavo, mas ao fim de incontáveis dias - a implacável inércia da aristocracia política, social e económica da Europa se levantou! Às armas que a Itália está sobre fogo! Às armas que a especulação financeira nos estrangula! Às armas que tenho casa à beira do Lago Como!...

 

Não entendo:

 

-mas a especulação financeira não é a mãe, o pai, a avó e o gato Tareco deste glorioso mundo capitalista?

 

-a economia privada, ao invés de destruir nações, não iria levantá-las do chão para a glória do deus Capital?

 

-Portugal não fará parte da União Europeia, que nada fez para impedir este ataque? Tal como a Grécia? Tal Como a Irlanda?

-Portugal não faz parte da NATO, organização humanitária gerida pelo país que pretende destruir o Euro para não competir com o seu sobrevalorizado e ultra-especulado Dólar?

 

Bartoon por Luís, de 11 de Julho. Retirado do Público.

 

 

... e também...

 

-mas não é o Sócrates o culpado disto tudo?

 

-o governo não tinha caído pela excessiva severidade de um PEC qualquer? (Já vamos na versão quê? Cinco?)

 

 

 

 

 

 

 


publicado por Harpad às 01:16
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Segunda-feira, 17 de Maio de 2010

Feios, Porcos e Maus

Portuguese, Irish, Greeks, Spanish. PIGS. Isso mesmo: porcos. Eis como nos vêem os nossos paisanos da Europa nortenha dita civilizada, industrial, estável. O mediterranismo cria muita confusãozinha naquelas cabecitas nórdicas e centro–europeias. E agora fartaram–se nós e o ataque começa sob a forma da pior forma de especulação financeira. A Europa do eixo franco–alemão é um fracasso. Não só se relevou incapaz de escapar a uma crise começada no outro lado do Atlântico como, agora que nela estamos atolados até ao pescoço, consegue apresentar uma medida que seja para a resolver, se não contarmos, claro, com a artificialidade do défice de três porcento. A senhora Merkel e o senhor Bruni estão indignados com a Europa mediterrânica e o seu despesismo, a sua falta de produtividade e competitividade, no entato, é bom relembrar, que passaram uma década a pagar para que deixássemos de produzir para que não pudéssemos concorrer com a sua agricultura e a transformar–nos em mercado e fonte de mar–de–obra barata. De nada lhes serviu, convenhamos, os agricultores centro–europeus continuam na fossa por que não conseguem suportar os custos de produção sem venderem os seus produtos a preços que condenariam à fome os europeus e a produtividade franco–alemã muito se ressente de anos de capitalismo selvagem onde o conceito de investimento a longo prazo é tabu, incapaz de resistir à crise financeira mundial e ao assalto asiático. Fomos transformados, coma lânguida complacência do cavaquismo, no campo de golfe de alemães, franceses e ingleses, os mesmos que se indignam com a nossa falta de produtividade, os mesmos que nos pagaram para que deixássemos de ser competitivos. Afinal, tanta competência junta corre o risco de ser incapaz de salvar o próprio euro.

 

A União é uma excelente ideia empreendida por tontos. Tontos esses que desprezam o Sul com toda a sua aparente inércia, inépcia comercial, corrupção e caos a todos os níveis. Arrase–se a Grécia, mãe da nossa civilização. Destrua–se Portugal, que já era uma potência mundial quando muitos germânicos ainda tinham saudades de adorar ídolos de pau no meio dos bosques. Avizinha–se já o próximo alvo, a Espanha. Não se deveria preocupar tanto a senhora Merkel e afins: sobrevivemos ao nascimento e queda de um império com o qual os alemães apenas puderam sonhar, a meio século de ditadura fascista, a séculos de monarquia incompetente, ao pior sismo registado na Europa, sobrevivemos, imagine–se, a nós próprios. Cá estamos e, mesmo lutando contra o nosso intrínseco pessimismo, cá havemos de continuar, um dia de cada vez, um porcento do défice de cada vez, um mau governo de cada vez. Talvez até sobrevivamos ao capitalismo, essa aberração idealizada por medíocres ao dispor de medíocres que até consegue destruir países inteiros pela força da mais pura e abjecta especulação, para riqueza de uns e gáudio de outros.


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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Porque nós merecemos

Aparentemente, os males do mundo foram gerados pelo Socras, essa mefistofélica encarnação. A crise, a inflação, a deflacção, a cripe do porco, das aves e de outros animais domésticos, da chuva, da seca, dos buracos no orçamento e na estrada. Estou convencido que fiquei sem acesso à Rede este fim-de-semana por culpa desse senhor. Disso e talvez um pouco de pé-de-atleta também. No PSD já se cheira a poder. Até a corja da Vintena Maravilha de empresários, génios de Portugal, já pôs as anteninhas de fora para atirar postas de pescada sobre como gerir o país, como se por acaso tivessem esses senhores sido eleitos por alguém e como se por acaso tivessem mais direito a expressão do que qualquer eleitor deste país. As pessoitas desta terra devem andar esquecidas, ou então serão burritas mesmo, assim se entende desde que elegeram a figurinha que nos serve de PR. Devem ter-se esquecido de quem inventou os recibos verdes. De quem enviou para o mais profundo dos oblívios a cultura e a ciência e de quem foi a célebre ministra da educação que, anos antes da maluquinha com problemas hormonais (e não só) que rege tão importante pasta (e o seu respectivo cão de guarda) cilindrou a voz dos profesores e dos estudantes. Deve o povinho ter-se esquecido quem foi o governo que desperdiçou mundos e fundos da UE quando os havia em abundância para que ficássemos todos a ver países como a Espanha e a Irlanda passarem-nos à frente em todos os aspectos possíveis e imaginários. Lembremo-nos qual o partido que nos colocou na fotografia dos Açores. Quando dissermos que o Socras quer controlar os media lembremo-nos do Marques Mendes e os tão falados telefonemas para a RTP há uns anos atrás, caso que nunca foi explicado. O problema do actual PM é a arrogância? Não, meus caros a mais arrogante figurinha que tomou o poder nas últimas décadas é agora PR e na altura gostávamos tanto dele que lhe renovámos a maioria absoluta.

Os laranjinhas, entre conferências de imprensa a atacar o Socras, devem rezar a todos os anjinhos em agradecimento por não estarem no poder em plena crise económica internacional. Eles sabem, e melhor do que nós, povo bruto, alguma vez saberemos, que não têm qualquer resposta para a crise. Eles sabem, aliás, que se chegarem ao poder antes da crise passar Portugal enterrar-se-á de uma maneira de modo profunda que irá fazer do pós-Grande Guerra uma época de bonança. Sim, eles sabem. O PSD, no entanto, não é um verdadeiro partido político mas sim uma associação de cidadãos para benefício individual. O PSD existe para servir os seus militantes, não tem ideais nem verdadeiras ideias. Existe para distribuir tachos, cunhas e benefícios. Quem não acreditar que veja o que fazem antigos ministros e secretários de estado: quantos estão a liderar empresas privadas construídas com dinheiro dos contribuintes. Como já alguém disse, o PSD é um partido de poder, esta é a sua verdadeira identidade e razão de existência. O PS não é muito melhor, mas o termo "Socialista" pelo menos ainda tem o condão de atrair um ou outro medíocre com algumas preocupações sociais.

 

Pensemos, portanto, pensemos bem naquilo em que nos estamos a meter. No que me toca, não deposito esperança em seja o que for ou sem seja quem for. Ninguém se interessa e ninguém parece fazer uso do encéfalo. Até os americanos parecem tê-lo feito: eles entenderam o que se deve fazer quando ocorre uma crise do Capitalismo. Neste continente, pelo contrário, rumámos alegremente para a direita para gáudio de Merkels, Sarkozys, Browns, Berlusconis e até de Durões, uma amostra dos mais medíocres líderes que a Europa conseguiu parir em muito, muito tempo. Pensando bem, se calhar merecemos tudo aquilo que nos cai em cima. Nós cá da aldeia e o resto dos europeus.


publicado por Harpad às 00:37
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Sábado, 9 de Maio de 2009

A bestialidade humana

Francisco de Goya - A Romaria de Santo Isidro. c.a. 1821/3 (Museu do Prado, Madrid)

É difícil descrever o verdadeiro significado deste quadro a partir de uma simples fotografia. Goya pintou-o durante os seus últimos anos de vida (tratava-se originalmente de um mural pintado em sua casa, posteriormente transferido para tela) e faz parte de um conjunto de obras conhecidos como "As pinturas negras". Quem conhece este quadro, juntamente com "Os Destinos" ou "Saturno Devorando os Filhos", entre outras, compreende o porquê da designação. Ao retratar uma massa amorfa de tão compacta de beatos vociferantes, de rostos deformados, que se arrastam por uma paisagem pintada num brilhante jogo de luz e sombra, Goya conseguiu retratar de forma ímpar aquilo que ele, e eu, procuramos não pensar da humanidade.


publicado por Harpad às 17:07
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Terça-feira, 28 de Abril de 2009

Afinal, precisamos, isso sim, de uma costureira

A corrupção atingiu já um tal volume que rebenta pelas costuras resultado... os escândalos bancários originados por laranjitas foram vingados pelo Fri-Pór do Socras & afins. Quebrou-se o pacto de regime em vigor há décadas: tu não denuncias os meus podres, eu não denuncio os teus. Resta a conclusão de que não há nem haverá justiça neste país. Quem está no poleiro está muito bem mas quem dele sai fica ainda melhor. São os submarinos, os sobreiros, os bancos privados, os fripóres, os avelinos, os futebóis,  as felgueiras, as empresas privadas de ex-ministros que os contribuintes pagaram, os canhões os uniformes, as armas o marfim e os diamantes. Os contribuintes? Pagaram, votaram, pagarão e voltarão a votar, cheios de inveja por o mundo não ser injusto a seu favor, também. Alguém que cosa isto, por favor, antes que nos afoguemos.


publicado por Harpad às 00:04
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Domingo, 18 de Janeiro de 2009

...ainda sobre a mediocridade...

Sobre muitos comentários que por aí circulam sobre o investimento público, veja-se, já agora, como o Sr. Roosevelt tirou os americanos da crise de '29:

1) Com INVESTIMENTO PÚBLICO (incluindo essa mefistofélica criação, a Segurança Social).

2) Com o aproveitamento do rearmamento europeu que se iniciou em 1933, depois com o Guerra Civil Espanhola, palco de ensaios para outro lucrativo evento, a Segunda Guerra Mundial, que endividou os europeus ao ponto de nos termos tornado colónias.

Numa época de crise quem vai criar empregos? O privado? Sem emprego como se vai reavivar a economia? De facto, as notícias devem estar equivocadas, esses anúncios todos de despedimentos colectivos em empresas privadas que grassam pelo mundo inteiro devem ser falaciosas. Na verdade são readmissões colectivas e os jornalistas são todos burros. Certamente que o pessoal que agora enche os centros de emprego só lá está por solidariedade para com os trabalhadores da função pública do IEFP, esses coitados em risco de perderem os empregos por falta de trabalho.

A menina Ferreira Leite, o contador de tostões que agora é o Presidente e o resto do séquito de medíocres deveriam abrir os olhos para a História da humanidade. Dez anos de desinvestimento social foram dez anos a ver a Europa fugir.


publicado por Harpad às 01:44
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XXI Ocidental - I

Não consigo deixar de julgar extraordinário o modo como um uníssono coro de vozes se ergue no ar para defender o Capitalismo cada vez que um acontecimento abana as frágeis fundações deste castelo de cartas em que vivemos. Do mais iletrado dos viciados em telemóveis ao supremo intelectual neo–liberal há toda uma fauna que teme que venham os malvados dos comunas, outra vez, chocalhar o nosso plácido charcozinho. De todos os regimes sócio–económicos que existiram, exceptuando o nacional–socialismo, pois nada há de mais medíocre do que crer que os seres humanos se dividem em “raças” e que entre estas umas são superiores, o Capitalismo é o único que depende integralmente da mediocridade humana. Se os seres humanos fossem intrinsecamente bons viveríamos em Anarquia, sem necessidade de leis, governos ou fronteiras. Até o Feudalismo seria auto–sustentável, com um lorde justo, empreendedor e respeitador da vontade da plebe. Mas não o Capitalismo. O Capitalismo não só fomenta a mediocridade como se alimenta dela. Depende da ganância, da avareza, da sede de dinheiro, poder e de bens de consumo. Especular sobre o preço de bens de primeira necessidade, prejudicando o seu acesso aos méis desfavorecidos é ser–se medíocre. Especular sobre os preços dos terrenos, forçando milhões para longe das cidades em direcção a subúrbios inertes, é ser–se medíocre. Deslocalizar uma empresa condenando centenas e milheres ao desemprego para conseguir mão–de–obra barata, é ser–se medíocre. Preterir–se mão–de–obra qualificada ou recusar pagá–la com o valor que merece é ser–se medíocre. Despedir uma mulher que engravida é ser–se medíocre. Privatizar a saúde e a educação, tornando–as acessíveis apenas a uma elite, é ser–se medíocre. Consumir desenfreadamente e atolar a família em dívidas para esse efeito, é ser–se medíocre. Recusar aumentar os salários dos trabalhadores e comprar um novo automóvel desportivo, é ser–se medíocre. Forçar os contribuintes a pagar uma autoestrada e entregar a sua gestão a um privado que nada investe mas tudo recebe, é ser–se medíocre. Impedir o acesso a medicação barata, é ser–se medíocre. Dizer–se que não deve existir segurança social porque não se quer dar dinheiro a pobrezinhos, é ser–se medíocre. Um sistema que esgota a riqueza em circulação ao acumulá–la nos bolsos de poucos, obrigando famílias a endividar–se para comprar merdas de que não necessitam até não poderem pagar os empréstimos e assim gerar uma reacção em cascata de falências nos sistema financeiro, é medíocre. Um sistema que depende de catástrofes financeiras para repor a riqueza no mercado, é medíocre. Um sistema que depende da exploração de povos e países para deles extrair riqueza continuamente para compensar o endividamento e a inflação, é medíocre. Um sistema em que o humanista crítico é um pária ou, pior, um comunista, e o espertalhão um grande líder, um economista genial, é medíocre. Achar que o Capitalismo é auto–sustentável supera ser–se medíocre, é ser–se estúpido, é ser–se ignorante. Os intelectuais neo–liberais é muito que se esforçam por nos convencer de que Capitalismo e Democracia são a mesma coisa. Não são. O Capitalismo é muito superior: a sua existência demonstra que somos capazes de trocar o livre–pensamento por uma consola de jogos.


publicado por Harpad às 01:21
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